terça-feira, 30 de setembro de 2014

chuva de lembranças

a chuva já não é aquela

que caia sobre os corpos deitados,

já não refresca mais

o calor que entre nós era trocado,

hoje a chuva apenas cai,

molhando lembranças do passado...


e se a chuva me fez lembrar,
não quer dizer que para lá
eu deseje voltar...

nando celso

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

não estava

o frio da noite lembrava,

um abraço que faltava

para aquecer o corpo

que solitário abraçava

a noite que instigava

a aquecer outro corpo

que a noite lembrava,

e que ali não estava...





nando celso

terça-feira, 23 de setembro de 2014

esquecer

e se eu lembrar de esquecer,

qualquer coisa que me lembre você,

que eu me lembre ao menos,

que foi bom te conhecer...





nando celso

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

brilha

deita sob a noite,

e reflete nos olhos

brilho de lua, de estrelas,

e reflita em si mesmo,

mesmo que não possa vê-las!




nando celso

domingo, 21 de setembro de 2014

era minha

chegava a noite e o dia partia.

um abraço o corpo aquecia,

um beijo aumentava o desejo,

e logo em seu corpo me perdia.


tateando o que não conhecia,

distante como barco a deriva.

fui encontrando os caminhos,

enquanto lá fora a noite caia.


e com o gosto do corpo na linguá.

depois que o sol já se escondia.

já sob o brilho das estrelas,

te olhava nos olhos, e era minha...




nando celso

sábado, 20 de setembro de 2014

voltei

retorno com a chuva,

com a palavra escrita,

com meus tolos sonhos,

com palavras proibidas,

retorno com minhas histórias,

meus prantos, minha alegria,

com meus pensamentos loucos,

transformados em poesia...



nando celso

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

palavra livre

ob-rogo-me de toda gramatica,

toda regra que insista prender meus versos.

outorgo à palavra seu direito de rimar,

de transfigurar o abstrato em concreto.

e assim, toda palavra com ou sem sentido,

seja mais que um pensamento disperso.




nando celso

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

meu céu

e lá estavam as estrelas.
colocadas no papel viravam letras!
constelações eram palavras,
os pontos, planetas!
e tudo isso em meu universo,
viravam poemas...




nando celso