sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

loucos

sim, eu confesso,
não sou certo,
sou destes loucos
que olham o sol,
ao nascer, ao se por,
tipo destes
que observam uma flor.
que contemplam a chuva
de braços abertos,
que sentam sozinhos
e escutam o vento
em silêncio.



nando celso

terça-feira, 17 de novembro de 2015

unhas e dentes


 


peço que deixe em mim

sua marca,

no pescoço,

nas costas

com seus dentes,

ou com garras,

mordidas, arranhões,

e uma dor gostosa...


nando celso

domingo, 8 de novembro de 2015

voz noturna

o que diria a noite

se o vento fosse sua voz?

contaria os segredos noturnos?

contaria segredos de nós?

contaria o que nós fazemos

nas noites que estamos sós?



nando celso

terça-feira, 13 de outubro de 2015

abraçados

te enlaço em meus braços,
e encontro abrigo e conforto
no calor de seu corpo.

o corpo aquece. sinto sede,
com um beijo molhado
me sacio em seus lábios.

os lábios nos devoram,
sentem o gosto da pele,
sentem o gosto do amor,
e de tudo que a gente sente.




nando celso

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

nossa arte

que a noite traduzida
em atos e fatos
seja nossa coreografia
ensaiando o próximo ato!



tinha nos dedos os acordes
que tocavam na pele
uma melodia do corpo,
dedos e lábios em uníssono,
tocando, beijando, cantando,
canções de amor aos ouvidos...


nando celso



domingo, 20 de setembro de 2015

me apego

eu confesso,
basta um beijo,
e me apego,
e logo me vejo,
assim de joelhos,
cheio de desejos
por seu corpo inteiro.



nando celso

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

uma noite qualquer

lua crescente,
beijos na boca,
a noite quente,
a pele sem roupa,
vestindo a pele,
barulhos na cama,
corpos entregues...




sabor de pecado
minha boca
encontrando seus lábios...

nando celso

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

perdido

entre um beijo e outro,
perco os sentidos,
e pouco a pouco,
fico louco.
mal me encontro
e já me perco 
em seu corpo.



nando celso

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

enquanto caio

como na beira do abismo,
como um último suspiro,
respiro fundo e salto,
em direção ao infinito,
não escondo o que sinto,
grito ao mundo bem alto
enquanto caio perdido
completamente enlouquecido...



nando celso

segunda-feira, 20 de julho de 2015

noite em paz

só quero a paz,
nada demais,
apenas ser capaz
de deixar para trás,
qualquer coisa a toa
que já não importe,
ter apenas coisas boas,
para escrever à noite...



nando celso

domingo, 12 de julho de 2015

noite de chuva

chuva noturna,
noite de inverno,
sentimentos nostálgicos
trazidos com o vento,
é a chuva lá fora
lembrando momentos...



nando celso

sexta-feira, 3 de julho de 2015

o que guardei...

e de nenhuma delas guardei mágoa,

da maioria guardei beijos, momentos,

perfumes que ainda sinto nas madrugadas,

tenho também seus sorrisos, olhares,

seus rostos guardados na memória,

algumas deixaram mais que saudade,

de outras tenho um nome, e mais nada...



nando celso

segunda-feira, 22 de junho de 2015

noite, frio e abraços

no frio da noite
a lua se mostrava,
sob ela duas almas,
dois corpos abraçados,
duas bocas se beijavam,
sob a lua, no frio da noite,
o amor esquentava...



meu inverno chegou,
meu corpo com frio,
procurando no seu meu calor...



nando celso

quarta-feira, 17 de junho de 2015

uma face na noite

era para ser só noite,

mas de repente,

a lua lembrou um nome.

as estrelas lembraram uma face, 

e a noite virou saudade...



nando celso

quinta-feira, 4 de junho de 2015

improvisos.

uma noite inteira,
em que a lua cheia
transborde de sensações,
inspirações que se sentem na pele,
um abraço que conforta o corpo,
um beijo que nos surpreende,
e nem todo toque ou carinho
é do jeito que a gente pede...



nando celso

sexta-feira, 29 de maio de 2015

reunião na fogueira

eram poucos, os loucos,
que sob a noite cantavam,
sobre o fogo e as estrelas,
que reunidos lembravam
as canções proibidas,
eram loucos. ou poucos.
que ainda se importavam
com tradições esquecidas.



nando celso

sexta-feira, 22 de maio de 2015

conversa noturna

ah se a noite soubesse falar,
teria tantas histórias para contar.
quem sabe até falaria de mim,
de tantas coisas que eu fiz,
talvez até declamasse meus versos
que de alguma forma esqueci,
poemas dedicados à noite,
palavras que nunca escrevi...






deixa a noite falar, 
deixa a noite ser 
apenas noite de pensar e lembrar... 

nando celso

quarta-feira, 20 de maio de 2015

uma estrela entre as nuvens

enquanto os loucos batiam

na porta de entrada da noite,

as nuvens abriam uma janela,

deixavam  uma estrela fugir,

para          bem        longe...




nando celso

terça-feira, 12 de maio de 2015

caminhada noturna

tinha avistado estrelas numa noite fria,

como que procurasse encontrar um caminho,

encarava as luzes que iluminavam a noite,

andava descalço, pois não sentia frio...



nando celso

quinta-feira, 30 de abril de 2015

lembrança de uma noite fria

e nem a noite fria esquecia,
o calor que a pele sentia
ante o abraço que a noite aquecia,
que até o folego lhe sumia
ao provar o beijo que tanto queria.
que era no encontro de nossas linguás
que matava-mos a sede que o desejo sentia...


nando celso

sexta-feira, 17 de abril de 2015

poesia noturna


criança noturna,
amante da lua,
alma soturna
que vaga nas ruas,
na noite escura
não ouve a música,
apenas seu coração,
que ainda pulsa...



nando celso


terça-feira, 7 de abril de 2015

pensamentos

sem noção de espaço ou tempo.
em algum lugar ou momento.
sempre um mesmo sentimento,
algo que acabo perdendo
porque não estava escrevendo,
meus pensamentos...




e bastava pensar,
e já estava em outro lugar,
bastava sonhar
para ter asas e voar...
nando celso



domingo, 29 de março de 2015

estação

frio chegando,
fim de verão,
frio de outono,
fim de estação...


essa chuva de outono,
marcando o fim do verão,
"águas de março"
que o poeta já cantou.
tempo de mudança,
de folhas caindo no chão,
tempo de chuva,
que a alma e a mente lavou...


nando celso

"repara que o outono
é mais estação da alma
que da natureza."
Drummond

domingo, 22 de março de 2015

lugar nenhum

em algum lugar de lugar nenhum
guardei as imagens que eu não vi,
li meus poemas que nunca escrevi,
lembrei de memórias que já esqueci,
guardei algumas coisas por aqui,
outras deixei num canto qualquer ali.
e foi assim, outro dia comum,
em algum lugar, de lugar nenhum...




nando celso




domingo, 15 de março de 2015

olhar

e só há um momento,
nada mais que um espaço de tempo,
segundos quase perfeitos,
quando os olhos se encontram,
e enxergam lá dentro...




no nosso silêncio,
é com um olhar
que me diz seus desejos.


nando celso

terça-feira, 10 de março de 2015

chuva, café e poesia

e aqui estou escrevendo,
olhando a chuva neste momento!
a noite é calma, sem vento,
a chuva, quase fica em silêncio,
enquanto rabisco meus pensamentos.



e a chuva sempre me traz uma melancolia,
como coisas que sinto falta e nem sabia,
um café quente, velhas músicas, nostalgia,
e os segredos que não viraram poesia...

nando celso

terça-feira, 3 de março de 2015

noite e lua

nem sol
nem chuva,
no meu céu apenas
a noite e a lua,
e os segredos
que se escondem
sob a pele nua...



nando celso

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

chuva passou

a chuva mal chegou,
pegou outro vento
e se mandou.
foi cair mais longe,
num canto qualquer
de um outro horizonte...


nando celso

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

lavando a alma

♫ sinto falta
de uma cachoeira na beira da mata
lavando minha alma 
me levando daqui com um pensamento
que eu não sou daqui
não pertenço a lugar nenhum

♪ sinto falta
das ondas quebrando molhando os meus pés,
na beira do mar
me mostrando o que é viver em paz
me mostrando que a fé
me leva onde eu quiser

♫♪ sinto falta
da chuva molhando caindo no campo
enquanto eu criança corria brincando
na minha inocência
ficava imaginando como vinha a chuva
se era choro dos anjos?



nando celso

domingo, 15 de fevereiro de 2015

palavras e palavras

houve um tempo
em que a palavra dita era ouvida,
que a palavra escrita era lida,
houve um tempo
que a palavra era apenas transmitida,
de pessoa a pessoa,
se espalhavam histórias da vida...



e hoje a palavra balbuciando grita,
e mesmo assim não é compreendida...
nando celso

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

me deixem...

não me deixem dizer
que a noite era fria ou sombria,
não me deixem lembrar
alguém que não merecia,
não me deixem ser
alguém que eu não queria,
me deixem apenas,
ser palavra e poesia...



nando celso

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

sol e lua

a lua chegou antes da noite,
flertou com o sol que de longe
se escondia no horizonte.
atrás de uma nuvem que passava,
ficou olhando sem graça,
não quis esperar a noite,
e sozinho voltou pra casa...



nando celso


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

bons tempos


e quantas vezes,
depois do trote,
dando risada,
saia em pinote.

era uma criança de sorte,
que sabia,
travessura era arte...


nando celso

domingo, 1 de fevereiro de 2015

memória


nas minhas memórias  vejo uma tarde,
vejo uma noite que passou,
vejo a chuva que molhava,
vejo o sol que nos secou,
vejo alguém que aqui estava,
um beijo que me entregou,
vejo alguém que estava longe,
e que aqui nunca chegou.
nas minhas memórias vejo palavras,
poesias que o tempo ditou...


nando celso

sábado, 24 de janeiro de 2015

alegria de dia

me alegro com o sol da manhã,
com um estranho que diz bom dia,
me alegro com o cheiro das flores,
a colorir e enfeitar a vida.
me alegro com um sorriso,
o brilho num olhar de criança,
me alegro com a vida,
com o dia nascendo cheio de esperança...




não existe dia 100% bom.
assim como não existe dia 100% ruim.
o que você guardou do seu?
nando celso...






quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

de repente


e de repente sentiu,
a mão a tocar-lhe os cabelos,
uma mão apertando a cintura,
no pescoço mordidas e beijos,
virou o rosto procurando a boca
de quem lhe despertava o desejo,
sentiu o abraço mais forte,
o calor do corpo mais perto,
sentiu o beijo que estava na boca
se espalhar pelo corpo inteiro...




nando celso

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

escrevendo

fico assim,
a charlar sozinho,
a balbuciar ideias
no pergaminho,
desenhando letras,
riscos, rabiscos,
falando de sonhos,
falando comigo...



nando celso

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

palavra esquecida

a procura da palavra esquecida,
eis que a encontro sem rima, olvida,
palavra que outrora escrita,
hoje nem mesmo imprimida,
não é mais lida,
e quando encontrada,
poucos sabem o que significa...



nando celso

domingo, 11 de janeiro de 2015

direito da palavra.

outorgo à palavra escrita,
seu direito de fazer rima.
seja palavra séria ou ambígua,
palavra por poucos entendida,
que seja a mais pequenina,
ou outra que nem se imagina.
que toda e qualquer palavra
tenha o direito de um  dia
ser escrita, com pena e tinta...


nando celso

sábado, 10 de janeiro de 2015

lembranças da lua

quando anoitecem estrelas,
e a lua se atrasa,
e ela aparece ainda mais cheia,
lembrando histórias,
fecho os olhos e a vejo
em minhas memórias,
chego a sentir o gosto do beijo,
em meus lábios agora...



nando celso

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

chuva

a noite
que cai
com a chuva
que molha,
traz paz
e silêncio,
que só se ouve
com a alma.



deixa a chuva cair e molhar,
deixa a mente sair e viajar,
deixa o corpo aqui para amar.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

e viva o novo

e lá se vai o velho,

deixando o novo,

que aos poucos

se torna velho,

de novo....



nando celso